- Área: 82 m²
- Ano: 2020
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Fotografias:Vibeke Eikehaug
Descrição enviada pela equipe de projeto. O escritório SAAHA venceu o concurso para o Centro de Visitantes no Monte. Fløyen, em Bergen, Noruega. O projeto visa facilitar o uso da paisagem montanhosa para crianças, jovens, alpinistas e turistas. Com um movimento ondulante, o pavilhão conduz o visitante desde a estrada de cascalho, que circunda o lago, até ao caminho para as montanhas do entorno.
O pavilhão está situado às margens de um lago de montanha, na popular área de trilhas de Fløyen. A partir do centro da cidade, o local é alcançado através de um passeio de oito minutos no funicular Fløyen, e uma caminhada de dez minutos pela floresta. O pavilhão fica adjacente à estrada de cascalho, nas margens do lago, e está posicionado em uma clareira existente, sendo cortado por um pequeno riacho que atravessa o local. Um novo muro de contenção em pedra natural foi construído, de forma a proteger as margens e possibilitar a movimentação dos peixes.
A cobertura ondulada de madeira repousa sobre uma estrutura de aço leve, que cobre um pequeno café público. O beiral também oferece abrigo para visitantes fora do horário de funcionamento, visto que foi projetado com uma curva, que o guia o usuário para a floresta, ao lado de um pequeno riacho e uma trilha de caminhada. O pavilhão é um destino popular e um lugar natural para descansar, antes de explorar as montanhas circundantes.
Construir um novo destino em uma área natural já muito utilizada, exigiu um equilíbrio entre configurar uma presença visual, enquanto protegendo e integrando-se com a natureza do entorno. Com isso em mente, os arquitetos queriam que o pavilhão tocasse levemente o solo, ao mesmo tempo, que possuísse uma superfície robusta, para suportar o intenso fluxo de usuários. O deck que acompanha a cobertura também foi utilizado para configurar bancos em trechos acidentados.
Para atender à demanda de abertura ao público fora do horário de funcionamento, a grande cobertura foi projetada como um abrigo contra as intempéries. Como consequência, o edifício nunca é «fechado», já que é muito procurado como destino de trilhas. O revestimento de madeira do telhado foi montado no local e não demanda de manutenção adicional, pois foi mantido em pátina natural, sob a influência do tempo.
O cliente necessitava de um espaço prático para criar um pequeno café, incluindo a possibilidade de servir no interior em dias de chuva. A solução foi projetar uma cozinha aberta e compacta, conectada a uma «caixa» de madeira, que abriga os vestiários dos funcionários, instalações de limpeza, equipamento de ventilação e os sanitários públicos.
O café foi envidraçado com uma pele de vidro e alumínio altamente transparente, enquanto a cobertura saliente fornece a proteção solar necessária durante os meses mais quentes. Tal estratégica fornece a estrutura uma transparência sem superaquecimento no verão.